Quem gerencia uma empresa ou é responsável pela área de Recursos Humanos, certamente, já ouviu falar no Inventário de Riscos do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Trata-se de um documento obrigatório para organizações de todos os portes, conforme a NR1.
Afinal, é nesse relatório que se concentra o levantamento técnico das condições do ambiente de trabalho, riscos existentes, níveis de exposição e medidas preventivas adotadas. Mais do que um documento formal, o material evita acidentes, doenças ocupacionais e passivos trabalhistas.
Além disso, é um dos itens mais cobrados em auditorias e fiscalizações da Saúde e Segurança do Trabalho (SST), logo, precisa estar atualizado, claro e rastreável. Diante da sua importância, explicaremos melhor o que é o Inventário de Riscos, o que deve conter e como usar a Inteligência Artificial para analisar e validar toda a documentação.
Entenda o que é o Inventário de Riscos e qual é o seu papel no PGR
O Inventário de Riscos é um documento técnico que compõe o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), conforme exigido pela NR1. De modo geral, ele tem como objetivo identificar, avaliar e classificar todos os riscos ocupacionais existentes nos ambientes de trabalho da empresa.
Ele serve de base para a definição das medidas preventivas e corretivas necessárias. Logo, precisa sempre ser atualizado. Sua função vai além do registro, uma vez que o inventário orienta a tomada de decisão, fundamenta planos de ação e garante que a conformidade com a legislação de Segurança e Saúde no Trabalho.
É por meio do Inventário de Riscos que se documenta, por exemplo, a presença de agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais, bem como a forma de exposição dos trabalhadores. Além disso, o documento é essencial para demonstrar à fiscalização que a empresa mapeia e controla os perigos.
Enquanto o PGR é o plano, ao explicar o que é o Inventário de Riscos, trata-se do diagnóstico que dá início a todo o processo. Portanto, ele precisa ser elaborado com critério, responsabilidade técnica e deve passar por atualização constante.
O que deve constar no Inventário de Riscos e quem deve elaborá-lo?
Para que o Inventário de Riscos atenda às exigências da NR1 e cumpra sua função no PGR, ele deve ser estruturado com base em critérios técnicos claros e bem documentados. Então, veja os principais campos que não podem faltar:
- identificação do ambiente/setor: especificar o local da avaliação, como setor, área ou posto de trabalho;
- atividades desenvolvidas: descrever as funções e tarefas realizadas naquele ambiente;
- riscos identificados: listar os agentes presentes, classificados como físicos, químicos, biológicos, ergonômicos ou psicossociais;
- fonte e forma de exposição: indicar de onde o risco se origina e como o trabalhador entra em contato;
- intensidade, frequência e duração da exposição: mensurar tecnicamente esses fatores com base em metodologias reconhecidas;
- medidas de controle existentes: incluir EPIs, EPCs e práticas administrativas já implantadas;
- classificação de risco e nível de prioridade: definir o grau de periculosidade e urgência de tratamento de cada risco;
- responsável técnico: nome e registro do engenheiro de segurança ou outro profissional habilitado;
- data da avaliação e atualização: registro temporal que garante a rastreabilidade do documento.
Normalmente, a elaboração do Inventário de Riscos do PGR fica a cargo de um profissional legalmente habilitado. Pode ser, por exemplo, o engenheiro de Saúde e Segurança do Trabalho ou, em algumas situações, técnico de segurança com supervisão.
Quando e como o Inventário de Riscos deve ser atualizado?
Pela própria constituição do Inventário de Riscos, percebe-se que não se trata de um documento estático. Segundo a NR1, ele deve ser revisado e atualizado sempre que houver mudanças que alterem o perfil de riscos da organização. Logo, sua validade está diretamente ligada à realidade operacional da empresa.
Por isso, confira os principais momentos que exigem atualização do documento:
- alterações no processo produtivo;
- mudança de layout ou equipamentos;
- introdução de novos produtos, substâncias ou tecnologias;
- admissão de novas funções ou reestruturação de cargos;
- acidentes ou incidentes relacionados a riscos não previstos;
- implementação de novas medidas de controle (EPI, EPC, treinamentos).
Além dessas situações específicas, é recomendável que o Inventário de Riscos seja avaliado periodicamente, mesmo que nenhuma grande mudança tenha ocorrido. Esse cuidado, inclusive, integra uma política de melhoria contínua em SST.
Por causa da sua complexidade e procedimentos sequenciais, a análise e validação do Inventário de Riscos são tarefas que podem ser feitas de forma automática, com uso da Inteligência Artificial (IA). A automação permite integrar sistemas e criar uma rotina de monitoramento para acompanhar e fazer a conferência do documento.
Vale ressaltar que novas atualizações do Inventário de Riscos devem ser conduzidas com o mesmo rigor técnico da elaboração inicial, registrada formalmente e assinada pelo responsável técnico. Dessa forma, a empresa mantém o documento válido, rastreável e em conformidade com as exigências legais.
Como a automação ajuda na gestão do Inventário de Riscos?
A prática de manter o Inventário de Riscos sempre atualizado, integrado ao PGR e disponível para auditorias pode ser um desafio. A tarefa manual fica ainda mais difícil em empresas com múltiplos setores, processos em constante mudança e equipes descentralizadas.
É por isso que a automação ganha espaço como solução estratégica na gestão de SST. Com uma plataforma digital especializada em processamento inteligente de documentos (IDP), é possível:
- centralizar todos os dados do inventário em um único sistema, com controle de acesso por perfil, versionamento e histórico de alterações;
- monitorar atualizações nos documentos com agilidade, sempre que houver mudanças operacionais ou revisões de risco;
- integrar o Inventário de Riscos ao PGR e demais documentos, como planos de ação, fichas de EPI e registros de treinamentos;
- gerar relatórios e gráficos em tempo real, prontos para inspeções, auditorias internas e gestão preventiva;
- receber alertas automatizados sobre prazos de revisão, mudanças pendentes ou evidências faltantes.
A gestão digital do Inventário de Riscos torna o processo mais seguro, padronizado e eficiente. Como resultado, reduz o risco de não conformidades e permite que a empresa atue de forma proativa na prevenção de acidentes e no cumprimento da NR1.
Ao ler sobre o que é o Inventário de Riscos e sua complexidade, é natural que a empresa busque alguma alternativa de automação para facilitar a gestão do documento. É aqui que a tecnologia se torna sua aliada.
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